O governador Sérgio Cabral se deixou levar pela soberba. Reeleito em primeiro turno, colheu os louros das operações de pacificação de comunidades com a implantação das UPPs e também das vitórias das candidaturas do Rio de Janeiro aos principais eventos esportivos do mundo, a Copa do mundo de futebol e as Olimpíadas. A aliança com os poderes federal e municipal foram costuradas com grande êxito e propiciaram um ambiente de retorno dos investimentos no estado do Rio. Cabral tinha motivos para comemorar. Para esculachar jamais. E quando o fez, escolheu uma das instituições mais respeitadas pelo povo brasileiro. Tratou os bombeiros da mesma forma como havia tratado os traficantes que fugiram como baratas no complexo do alemão. O senhor governador jurou condenação implacável aos “vândalos”, mas com certeza a condenação implacável foi a da opinião pública contra a petulância do governador. Um ato de rebeldia se transformou em uma grande campanha de solidariedade e apoio aos bombeiros. Cabral afrontou os trabalhadores que são considerados heróis pelo povo, aqueles que se arriscam para salvar outras vidas. Nessa história, o povo escolheu que é o herói e quem é o vilão, e os bombeiros continuaram a protagonizar o papel daqueles que lutam contra o mal. Nem precisa dizer qual é o papel do Cabral..
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